Autores: PAIVA, A. L.; ROCHA, E. A.; DRACH, P. R. C.
A disseminação do vírus Sars-Covid-19 pelo Brasil e pelo mundo em 2020 evidenciou a relação entre as problemáticas de saúde, econômica e urbanística. A formação de assentamentos precários e os baixos e/ou ineficientes investimentos em melhorias dessas áreas refletem a insalubridade e baixa qualidade de vida que se agravam no cenário da pandemia, uma vez que as medidas de higiene e isolamento necessárias são dificultadas em meio a casos de falta de água, transporte público superlotado e precariedade habitacional – que reflete na ocorrência de doenças, tais como tuberculose. Esse artigo procura, através de revisão bibliográfica, expor conexões entre desvantagens socioeconômicas e urbanas, que se espacializam nas favelas e marcam o cotidiano de uma população predominantemente pobre e preta, impactando relevantemente em sua saúde. Destaca-se a necessidade de investimentos e de uma maior atuação de profissionais da arquitetura e urbanismo nessas regiões, urgentes mesmo antes da ocorrência do novo coronavírus.